
Possui 220 hectares de área natural e constitui-se num importante reduto biológico, praticamente isolado pela urbanização dos bairros Tristeza, Ipanema, Camaquã e Cavalhada, adjacentes ao morro. Do alto do morro tem-se uma das vistas mais belas do município, com o Lago Guaíba, o Delta do Jacuí, os morros Santa Tereza, Teresópolis, Agudo, da Tapera, das Abertas e o da Ponta Grossa.
Parte do Morro do Osso constitui-se no Parque Natural do Morro do Osso, com área de 127 hectares.
A luta pela preservação do Parque Natural do Morro do Osso tem mais de 20 anos. Por apresentar uma grande biodiversidade e resquícios de Mata Atlântica, o morro motivou ambientalistas do município, comunidades do entorno, universidades e órgãos públicos a buscar a conservação com a criação da Comissão Permanente em Defesa do Morro do Osso.
Em 1979, o parque foi transformado em área de preservação ecológico pelo Plano Diretor da cidade. Em 1990, foi realizado o primeiro passeio ecológico para preservação da área e efetivação do parque. Em 1994, foi criado o Parque Natural Morro do Osso.
Atualmente, o parque abrange uma área de 57 hectraes, já desapropriados, com ampliação prevista pelo Plano Diretor para 127 hectares, o que irá garantir a proteção do local
Flora
Aproximadamente 60% da vegetação natural do Morro do Osso é constituída por formações florestais de dois tipos: a floresta alta e a floresta baixa. O restante é constituído por comunidades herbácea-arbustivas, formadas pelos campos pedregosos e pelas capoeiras e vassourais. Na floresta alta e úmida, com forte influência da Mata Atlântica, destacam-se a figueira-purgante (Ficus insipida), a canela-ferrugem (Nectandra oppositifolia) e a corticeira-da-serra (Erythrina falcata).
A floresta baixa geralmente ocupa os topos ou as encostas superiores do morro é representada pela capororoca (Myrsine umbellata), a aroeira-brava (Lithraea brasiliensis), o branquilho (Sebastiania commersoniana ) e o camboim (Myrciaria cuspidata).
O Morro do Osso apresenta também algumas espécies arbóreas sob possível ameaça de extinção, como a canela preta (Ocotea catharinensis) e a corticeira-da-serra. Além disso, ocorrem espécies com distribuição muito restrita em Porto Alegre, como o sobraji (Colubrina glandulosa).
Fauna
Levantamento e estudos constataram a existência de grande diversidade de fauna no Morro do Osso. Entre os anuros, destacam-se sapo de cova (Bufo dorbignyi), perereca do banhado (Hyla pulchella), rã criola (Leptodacylus ocellatus) e rã chorona (Physalaemus gracilis). Entre os répteis encontram-se lagartos de papo amarelo (Tupinambis merianae), lagartixa verde (Teius oculatus), serpente papa-pinto (Philodryas patagoniensis), coral verdadeira (Micrurus altirostris) e jararaca pintada (Bothrops neuwiedi).
Além dessas espécies, no Morro do Osso foram registrados cerca de 65% da avifauna encontrada em Porto Alegre. Pode-se visualizar espécies de mata aberta, de borda de mata e campo, destacando-se o sabiá-ferreiro (Turdus subalaris), juruvia (Vireo olivaceus), pula-pula (Basileuterus culicivorus) e pica-pau (Veniliornis spilogaster). Além disso, o local abriga aves raras, como o gaviãozinho (Accipiter striatus), o gavião-rabo-curto (Buteo brachyurus) e o beija-flor-de-topete (Stephanoxis lalandi).
Alguns mamíferos, como pequenos roedores e espécies raras como o bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) e o ouriço-cacheiro (Sphiggurus villosus) também foram identificadas no local.
Endereço: rua Irmã Jacobina Veronese, s/nº Telefone: (51) 3263-3769 Área: 27 hectares Inaugurado em: 1994 Visitas orientadas podem ser agendadas por instituições de ensino e pesquisa
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