Os viiolentos confrontos ocorridos nesta segunda-feira (9) entre o Exército do Iêmen e combatentes ligados à al-Qaeda já deixaram 60 mortos no sul do país, incluindo 40 homens do movimento extremista, que tem multiplicado seus ataques.
Os confrontos na cidade de Loder, na província de Abyan, deixaram 14 militares mortos, além de seis combatentes tribais, que apoiam o Exército, segundo fontes militares.
De acordo com funcionários da administração local, vários veículos carregados de corpos dos combatentes deixaram o front para que eles possam ser enterrados nas proximidades.
Os novos confrontos, que demonstram a capacidade dos insurgentes de estender as ações ao sul, acontecem em um momento em que o governo mostra ter dificuldades para reestruturar o Exército e as forças de segurança, controladas em parte por oficiais ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
Os confrontos tiveram início quando os militantes da Ansar al-Sharia lançaram um ataque ao alvorecer no acampamento, que fica na província de Abyan, a cerca de 120 km da cidade portuária de Áden.
O grupo tomou controle de uma parte significante do território de Abyan durante a revolta que levou à substituição do presidente Ali Abdullah Saleh por seu vice, num acordo que a Arábia Saudita e os Estados Unidos esperam que impeça a al-Qaeda de aumentar sua presença em um país perto de rotas cruciais de exportação de petróleo.

O conflito com islamistas no sul é apenas um dos vários problemas enfrentados pelo novo presidente do Iêmen, Abd-Rabbu Mansour Hadi, que assumiu o poder em março prometendo combater a al-Qaeda, mas que já teve mais de 100 soldados mortos em uma série de ataques de militantes em seus primeiros dias de governo.
No domingo (8), 12 integrantes da al-Qaeda morreram em um bombardeio contra Zinjibar. O ministério do Interior fez um alerta na semana passada sobre os movimentos dos partidários da al-Qaeda na região de Loder e seus arredores.
Transição
Dois comandantes militares ligados ao ex-presidente não aceitaram suas demissões nos últimos dias e provocaram o fechamento, no sábado e no domingo, do aeroporto de Sanaa.
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