8º Série




Olá, pessoal!

Separei esse material para vocês se familiarizarem com o Haiti, país latino americano de onde estamos recebendo um grande número de imigrantes no Brasil ultimamente.
Aqui vocês começam a conhecer um pouco da situação em que vivem os haitianos e podem começar a refletir sobre a importância da nossa conscientização para com eles.
Vamos desenvolver essa questão associada ao nosso projeto do 3º trimestre: POR UMA ATITUDE MELHOR: AÇÕES COTIDIANAS PARA MELHORAR O  MUNDO!

Nesse link do IBGE vocês podem buscar pelo Haiti e ver alguns indicadores sociais, população, meio ambiente, localização e etc:

Saibam um pouco da história do Haiti:

 O Haiti é um país localizado em uma ilha na América Central que faz divisa ao leste com a República Dominicana.
O país tem como capital a cidade de Porto Príncipe. O idioma oficial é o francês, embora se fale também o Crioulo haitiano. Cerca de nove milhões de pessoas vivem em um território de aproximadamente 28 mil Km²
A ilha foi visitada por Cristóvão Colombo em 1492 e, mais tarde, dividida entre Haiti e República Dominicana. O território correspondente ao Haiti foi cedido pela Espanha à França, em 1697. Os franceses se encarregaram de colonizar e explorar o local. Por esta razão, o idioma predominante no Haiti é o francês.

Durante o século 18, o país se tornou referência como a mais próspera colônia francesa no continente americano. Os franceses lucraram muito com o comércio de açúcar, cacau e café, produtos gerados em larga escala no local. No entanto, toda essa produção era baseada no trabalho compulsório de negros e os escravos representavam a grande maioria da população na ilha. Havia cerca de 500 mil habitantes na ilha no final do século 18, dos quais aproximadamente 430 mil eram escravos.

Os escravos perceberam a vantagem numérica e se organizaram com o objetivo de libertar o Haiti da exploração feita pela metrópole e proclamar o país independente. Os movimentos de insurreição se tornaram frequentes Para organizar a indepedência, os escravos se inspiraram na Revolução Francesa e em seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

Os negros escravizados organizaram uma rebelião financiada por ingleses e espanhóis. O Haiti foi o primeiro país do mundo a abolir a escravidão, em 1794. Alguns anos depois, em 1801, um ex-escravo chamado Toussaint Louverture, que comandou a rebelião nos anos anteriores, tornou-se governador geral. Seu prestígio cresceu entre brancos e negros, mas incomodou muito os franceses, que aprisionaram e mataram o líder haitiano. O assassinato ampliou a revolta dos negros que, pela primeira vez, tinham um representante no poder.

Jean Jacques Dessalines, outro ex-escravo, era um dos generais de Toussaint Loverture e assumiu a liderança de uma nova frente de combate contra os franceses. Ele deu continuidade à rebelião, expulsou tropas da França e declarou a independência do Haiti em 1804, intitulando-se Imperador. Mas ele seria assassinado apenas dois anos depois e o Haiti seria dividido politicamente, ampliando a estabilidade do país.

O Haiti foi o segundo país a se tornar independente no continente americano. O primeiro foi os Estados Unidos. No entanto, a conquista do Haiti traria muitas consequências negativas em função do racismo predominante na época e da difundida cultura escravista que oprimia os negros africanos.

A reação à independência conduzida por escravos foi imediata. A França havia perdido um território muito lucrativo para negros, o que era inaceitável para a época. Como retaliação, os escravistas europeus e estadunidenses decretaram um bloqueio comercial ao Haiti por 60 anos. Uma medida que colocava a população haitiana em péssima situação, pois a ilha não produzia tudo que era necessário e tampouco dispunha de recursos para tal. Logo, o Haiti foi condenado ao isolamento pelos escravistas e sua população passou a conviver com carências extremas.

Os países do continente americano ficaram temerosos que o exemplo do Haiti se espalhasse e aderiram de imediato ao bloqueio comercial. Não bastasse toda essa opressão, o país foi condenado a pagar uma exorbitante multa de indenização à França por sua independência. Embora as razões sejam distintas, Cuba também passou por semelhante bloqueio comercial em função de sua escolha política feita na segunda metade do século 20.

O Haiti enfrentou uma grave crise econômica e política que se alastrou com a morte de seu principal líder, Jean Jacques Dessalines, em 1806. O ex-escravo era analfabeto. No entanto, ele revelou ser uma forte liderança logo após a morte de Toussaint Loverture. Dessalines deu prosseguimento às rebeliões que almejavam consolidar a liberdade dos negros no Haiti e a independência do país em relação à França.

O bloqueio comercial imposto por escravistas deixou um legado de extrema miséria no Haiti. O país passou por seguidas ditaduras que oprimiram a população. Desde a independência, o Haiti já contabilizou 56 presidentes, entre eles François Duvalier, apelidado de Papa Doc. Ele organizou a repressão que torturou e matou muitos opositores ao seu governo. O governo de Papa Doc é considerado o mais violento da história do Haiti. Quando faleceu, deixou seu filho como sucessor do comando no país. As rebeliões de escravos, a independência e os governos opressores constituíram um acúmulo de situações sócio-políticas que ampliaram a pobreza e a miséria no Haiti.

Em 2010, o país foi vítima de uma enorme catástrofe natural. Um terremoto de grande intensidade destruiu 80% das construções da capital e deixou aproximadamente 200 mil mortos na ilha. Calcula-se que o número de desabrigados esteja em torno de 1,5 milhões de pessoas. O terremoto é um agravante da péssima condição do Haiti. Atualmente, o Brasil mantém tropas do exército no país para tentar manter a paz na região e combater a miséria generalizada. 


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