segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Atividades 8º Série

Entenda a guerra civil da Síria

Governo de Assad encara rebelião armada e possível ataque dos EUA.
Conflito tem mais de 110 mil mortos, caos humanitário e crise de refugiados.


A República Árabe Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou pelo menos 110 mil mortos, destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional.
Acuados pelo conflito, mais de 2 milhões de sírios deixaram o país rumo às nações vizinhas, provocando uma onda de refugiados e aumentando a instabilidade política da região. Além das pessoas que cruzaram as fronteiras, há ainda 4,25 milhões de sírios que se deslocaram dentro do país.
O contestado presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta há quase três anos uma rebelião armada que tenta derrubá-lo - e agora, também a perspectiva de sofrer uma ação militar liderada pelos Estados Unidos, após um suposto ataque químico atribuído a seu regime que, segundo os EUA, matou pelo menos 1.429 civis.
No início, a rebelião, localizada na cidade de Daraa, tinha um caráter pacífico, com a maioria sunita -que se considera prejudicada pelo governo- e a população em geral reivindicando mais democracia e liberdades individuais, inspirados pelas revoluções da chamada "Primavera Árabe" no Egito e na Tunísia.
Os manifestantes também acusavam o governo de corrupção e nepotismo.
Em um episódio na cidade, crianças que pichavam muros teriam sido presas e torturadas, o que gerou revolta.
Aos poucos, com a repressão violenta das forças de segurança, os protestos foram se espalhando pelo país e se transformando em uma revolta armada, apoiada por militares desertores e por grupos islamitas como a Irmandade Muçulmana, do Egito e radicais com o grupo Al-Nursa, uma franquia da rede Al-Qaeda, com o objetivo de derrubar o regime.
Assad se recusou a renunciar, mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Encerrou o estado de emergência, que durou 48 anos, fez uma nova Constituição e realizou eleições multipartidárias.
Mas as medidas não convenceram a oposição, que continuou combatendo e exigindo sua queda. A mediação de paz feita pela ONU, inicialmente com o ex-secretário-geral Kofi Annan e depois com o diplomata Lakhdar Brahimi, também fracassaram.
O regime argumenta que a rebelião é insuflada por terroristas internacionais, com elos com a rede Al-Qaeda, cujo objetivo é criar o caos, e que está apenas se defendendo para manter a integridade nacional.
O conflito se generalizou pelo país e tem sido marcado por derrotas e vitórias militares dos dois lados, e pelo grande número de mortes, apesar de o governo ter ganho terreno nas últimas semanas.
A fragmentada oposição síria tenta se organizar para uma possível tomada de poder, mas queixa-se de falta de apoio das potências ocidentais, que se mostram reticentes em entrar no campo de batalha.
A guerra civil síria reviveu as tensões da Guerra Fria entre Ocidente e Oriente, por conta do apoio da Rússia ao regime sírio.
Desde o início do conflito em março de 2011, os EUA se limitam, oficialmente, a oferecer apoio não letal aos rebeldes e a fornecer ajuda humanitária.
Em junho, a administração Obama prometeu "apoio militar" aos rebeldes, embora tenha mantido certa indefinição sobre a natureza dessa ajuda.
Os EUA tinham até pouco tempo atrás pouco apetite para intervir na região, uma vez que a rebelião é cada vez mais influenciada por militantes islamitas com vínculos com a rede Al-Qaeda, inimiga mortal dos americanos e autora dos atentados do 11 de Setembro de 2001.
A Rússia, que tem interesses econômicos e estratégicos na região, é a principal aliada do governo sírio, e tem vetado resoluções contra Assad no Conselho de Segurança da ONU, onde ela tem poder de veto. China, que também tem esse poder, e Irã são importantes aliados do presidente sírio Assad. Ele também tem apoio do movimento xiita libanês Hezbollah.
Armas químicas
Em 21 de agosto, a oposição denunciou mais de mil mortos em um massacre com uso de armas químicas em subúrbios de Damasco controlados pelos rebeldes. Já havia relatos anteriores de uso de armas químicas pelo regime.
O governo e o próprio Assad vêm negando essas acusações, apesar de o Ocidente dizer ter provas em contrário.
Observadores da ONU foram autorizados a irem até o local para investigar se houve uso de armas químicas. Se confirmado, o incidente pode se tornar o mais grave com uso de armas químicas no planeta desde os anos 1980.
Após o ataque, aumentaram as conversas sobre uma possível intervenção internacional no país, liderada pelos EUA.
O Conselho de Segurança se reuniu novamente, mas não chegou a um acordo, pois Rússia e China usam seu poder de veto para barrar qualquer resolução que permitiria atacar a Síria.
Parlamento do Reino Unido, por sua vez, votou contra sua participação na ação, e o premiê David Cameron disse que acataria a decisão de não participar de um ataque. Apesar disso, ele manifestou apoio à decisão de Obama de agir por sua conta.
No dia 31 de agosto, Obama fez um pronunciamento dizendo que decidiu que o país deveria adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, mas ressaltou que iria buscar a aprovação do Congresso norte-americano antes de fazê-lo.
A reunião do G20, em São Petersburgo, mostrou que os países economica e politicamente mais importantes do mundo estão divididos em relação ao ataque.
O governo da presidente brasileira Dilma Rousseff é contrário a uma intervenção militar sem o aval da ONU e defende uma solução negociada.
A oposição síria espera ansiosamente o ataque americano, e emitiu comunicado dizendo que a ajuda deve vir também em armas.
Há posições divergentes sobre o ataque tanto no situacionista Partido Democrata como no oposicionista Partido Republicano, e não é certo que Obama consiga o aval dos congressistas. Questionado repetidas vezes por jornalistas, ele não disse se pretende atacar mesmo que perca alguma votações.
Obama já disse que o ataque previsto seria "limitado" e não terá tropas em terra.
Especula-se que o ataque poderia durar três dias e que ele não derrubaria o governo Assad nem mudaria a situação da guerra civil.
O Papa Francisco também se pronunciou sobre a crise síria, condenando o uso de armas químicas, mas se dizendo contra mais uma guerra.
Ele liderou um dia de jejum e orações no sábado, 7 de setembro, em intenção do povo sírio.
A Rússia mudou o panorama dois dias depois, quando propôs um plano para acabar com as armas químicas da Síria. Obama, apesar do ceticismo em relação a ele, aceitou tentar uma negociação e pediu uma pausa nas discussões no Congresso.
No dia 14 de setembro, os Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo sobre a crise na Síria, segundo declarou o secretário norte-americano John Kerry, após três reuniões com o ministro o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov.
A Síria terá de entregar em uma semana informação sobre seu arsenal de armas químicas para evitar um ataque, segundo afirmou Kerry. Se a Síria não cumprir os procedimentos para eliminar suas armas químicas, a ameaça de uso de força será incluída em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, disse Kerry.
No dia 16 de setembro, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou em seu site orelatório sobre a investigação a respeito do ataque de armas químicas ocorrido em 21 de agosto nos subúrbios de Damasco.
O documento confirmou que um grande número de pessoas morreu vítima de armas químicas na região de Goutha, na periferia da capital, Damasco, e que o agente nervoso gás sarin foi usado, jogado dentro de bombas em três regiões: Ein Tarma, Moadamiyah e East  Goutha.
Durante uma coletiva de imprensa, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que "qualquer uso de armas químicas é crime" e que as armas químicas "foram usadas ​​em uma escala relativamente grande" na Síria. Ainda de acordo com o chefe das Nações Unidas, que 85% das amostras de sangue colhidas por investigadores testaram positivo para sarin.
A Comissão de investigação sobre a Síria na ONU também analisa 14 casos de suspeita de ataques químicos desde que começou o monitoramento no país, em setembro de 2011, segundo o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da equipe, informou a agência de notícias Reuters.
Leia abaixo algumas das datas do conflito:
2011
- 23 de março: Ao menos 100 pessoas são mortas pelas forças de ordem durante manifestações em Deraa (sul), berço da revolta uma semana antes (militantes e testemunhas).
- 31 de julho: 100 mortos e dezenas de feridos durante uma vasta ofensiva do Exército em Hama (centro).
2012
- 4 de fevereiro: Mais de 230 civis, incluindo dezenas de mulheres e crianças, são mortos em uma noite em Homs (centro) em bombardeios do Exército.
- 25 de maio: Ao menos 108 mortos em um massacre em Hula (província de Homs). Uma Comissão de investigação da ONU afirma que as forças pró-Assad são responsáveis por muitas mortes.
- 6 de junho: Mais de 100 pessoas são mortas, incluindo mulheres e crianças em Al-Kubeir (província de Hama). O OSDH e a oposição acusam os "shabbihas" (milícias pró-regime) pelo massacre.
- 21 de junho: Quase 170 mortos, incluindo 104 civis.
- 12 de julho: Em Treimsa (província de Hama), bombardeios e combates fazem mais de 150 mortos, incluindo dezenas de rebeldes. A oposição e uma parte da comunidade internacionalchamam esta operação de 'massacre'.
- 19 de julho: A repressão e os combates fazem mais de 300 mortos, em seu maioria civis, em todo o país.
- 6 e 7 de agosto: Quase 500 mortos, incluindo mais de 300 civis, em todo o país. Em 11 e 12 de agosto, quase 300 mortos, particularmente em Aleppo (norte). Agosto foi o mês com o maior número de mortos na revolta síria.
- 20-26 de agosto: Operação militar contra Daraya: mais de 200 corpos são
encontrados nesta periferia rebelde de Damasco.
- 20 de setembro: 225 mortos, incluindo dezenas durante um ataque contra um posto de gasolina da província de Raqa (norte).
- 26 de setembro: Ao menos 305 mortos, incluindo 199 civis.
- 23 de dezembro: Mais de 60 civis mortos em um ataque do Exército em frente a uma padaria perto de Hama (centro). Segundo a organização Human Rights Watch, os ataques contra filas de espera mataram dezenas de civis.
2013
- 15 de janeiro: 87 mortos em bombardeios contra a universidade de Aleppo. Rebeldes e regime negam responsabilidade no ataque.
- 29 de janeiro: quase 80 corpos de jovens executados são encontrado em um rio em Aleppo.
- 21 de fevereiro: mais de 100 pessoas são mortas, em sua maioria civis, em atentados em Damasco.
- 11 de junho: Sessenta xiitas, em sua maioria combatentes pró-regime, são mortos na província de Deir Ezzor (leste). Com a intensificação dos combates, os balanços do OSDH ultrapassam quase todos os dias os 100 mortos.
- 21 de agosto: A oposição acusa o regime Assad de matar 1.300 pessoas em um ataque com armas químicas perto de Damasco e a comunidade internacional de ser "cúmplice por seu silêncio".
- 22 de agosto: Corpos continuam sendo encontrados após o ataque supostamente com armas químicas em um subúrbio de Damasco. Segundo a oposição, número de mortos deve subir. A França defende o uso de força caso o uso de armas químicas seja confirmado, e a Turquia pede intervenção internacional. Já o Irã defende o governo sírio.
- 23 de agosto: Ativistas da Síria tentam entregar à ONU amostras de vítimas de ataque para comprovar o uso de armas químicas. O enviado especial da Liga Árabe e da ONU, Lakhdar Brahimi, diz que o conflito sírio é a maior ameaça à paz mundial. Obama diz que acusações de ataque químico na Síria são "preocupantes". Rússia rejeita uso de força, mas pede investigação.
- 24 de agosto: A ONG Médicos Sem Fronteiras diz que 355 dos mortos em Damasco apresentavam sintomas neurotóxicos. O regime sírio acusa os rebeldes de terem usado as armas químicas. O secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, diz que o Pentágono já mobiliza forças para uma possível ação militar contra a Síria caso o presidente Barack Obama decida por esta opção.
- 25 de agosto: Governo sírio diz que permitirá o acesso dos inspetores da ONU a local de suposto ataque químico. Regime também afirma que qualquer ação dos EUA "inflamaria o Oriente Médio". O Papa Francisco pede um esforço internacional para acabar com a crise no país. 
- 26 de agosto: Inspetores da ONU seguem para local de suposto ataque químico em Damasco e conversam com vítimas. Comboio sofre ataque no caminho, mas ninguém fica ferido - governo e oposição trocam acusações sobre autoria dos disparos. Declarações de Reino Unido e França indicam que possibilidade de intervenção aumentou. Rússia diz que ataque sem aval da ONU será uma "violação grave". Em entrevista Assad diz que EUA irão fracassar se tentarem invadir a Síria. O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que o uso de armas químicas na Síria foi "real e convincente" e baseado em fatos. Rebeldes assumem controle de cidade estratégica no norte e 50 combatentes pró-governo são mortos.
- 27 de agosto: Segunda visita de inspetores da ONU a local de ataques é adiada. O premiê britânico chama o Parlamento para discutir a situação da Síria, e o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, diz que as forças armadas americanas estão prontas para "agir imediatamente" contra a Síria, a partir de uma ordem do presidente Barack Obama. A imprensa americana diz que o ataque, que seria realizado nos "próximos dias", seria breve, limitado e pontual, sem o propósito de derrubar Assad. Obama e Cameron conversam por telefone sobre a crise.
- 28 de agosto: Ban Ki-Moon pede aos membros do Conselho de Segurança que se unam para "atuar pela paz" na Síria. Investigadores da ONU retomam visitas - órgão anuncia necessidade de mais quatro dias de trabalhos. O regime sírio acusa os rebeldes de terem feito o ataque para forçar uma intervenção. As potências pressionam a Rússia a apoiar a resolução que permite o ataque, mas afirmam que devem atacar a Síria mesmo sem o aval do Conselho de Segurança. O Reino Unido garante que não haverá ações no país antes do fim das investigações da ONU. Obama diz que ainda não se decidiu sobre ação militar na Síria.
- 29 de agosto: Inspetores da ONU anunciam que vão apresentar os dados preliminares de suas pesquisas sobre suposto ataque químico no dia 31. Rússia diz que projetos de intervenção na Síria são um "desafio" aos princípios da Carta da ONU. O Reino Unido publica relatórios que afirmam que é legal atacar Síria mesmo sem aval da ONU. Assad diz que a Síria vai se defender diante de qualquer agressão, e o Egito se posiciona contra a intervenção militar no país. O premiê britânico diz que a responsabilidade do ataque na Sírianão é 100% clara, e o parlamento britânico vota contra sua moção por um ataque à Síria. Reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Síria acaba em impasse.
- 30 de agosto: Após rejeição britânica a uma ação na Síria, a Rússia diz ser contrária a qualquer resolução que permita uma intervenção militar e a Alemanha descarta participar. Já a França diz que decisão de Londres não muda sua vontade de agir e punir Assad. Israel mobiliza seus sistemas antimísseis em Tel Aviv. O premiê britânico diz que não deve desculpas a Obama por revés na Síria, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, apresentando um relatório de inteligência sobre o ataque, diz que ele matou 1.429 pessoas, 426 delas crianças. Obama afirma que o regime Assad precisa ser punido, mas diz que ainda não tomou a "decisão final" sobre o ataque. O governo sírio reage ao relatório, que classifica como "mentiras" e uma "tentativa desesperada" de justificar um ataque.
-31 de agosto: Obama afirma que vai atacar a Síria, mas disse que, antes disso, vai buscar apoio do Congresso.
- 1º de setembro: O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, diz que gás sarin foi usado no ataque. O governo sírio voltou a dizer que uma ação americana na região seria, na prática,um apoio à rede terrorista da Al-Qaeda. Os ministros árabes das Relações Exteriores pediram que a Organização das Nações Unidas (ONU) e a comunidade internacional"assumam suas responsabilidades" na crise síria
-2 de setembro: A Rússia disse não estar convencida sobre as provas apresentadas pelos EUA sobre o suposto ataque químico e afirmou que pretende mandar uma comissão parlamentar ao Congresso americano para pressionar contra o ataque. Assad afirmou que o Oriente Médio é um "barril de pólvora" e advertiu para os riscos de uma "guerra regional" caso as potências ataquem. Analistas criticam a "indecisão" das potências ao lidar com a crise síria e afirmam que Obama tomou uma decisão arriscada ao levar o debate para o Congresso.
-3 de setembro: O número total de refugiados por causa da guerra civil na Síria chegou a 2 milhões, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur. De acordo com um informe da agência, não há previsão de melhora na situação. Israel faz um teste de míssil no Mediterrâneo, em conjunto com os EUA, aumentando a tensão regional. O Pentágono afirma que o teste não tem relação com a Síria. Obama afirma que a ação na Síria será limitada, mas parte de uma estratégica para derrubar o regime Assad. O presidente da Câmara dos EUA, republicano John Bohener, anuncia apoio ao ataque e pede que seus colegas o sigam.
-4 de setembro: O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmaq ue Moscou não descarta aceitar uma ação militar contra o regime Assad, se ficar demonstrado que ele usou armas químicas contra a população, em entrevista divulgada pelo Kremlin. O vice-chanceler sírio diz que o país não cederá mesmo que o possível ataque ocidental provoque a terceira guerra mundial. Obama reafima que o mundo não pode ficar parado diante da situação síria. O Comitê de Relações Exteriores do Senado aprova, por 10 votos a 7, o projeto que autoriza o governo americano a atacar a Síria. O texto agora precisa ser aprovado pelo plenário do Senado e também da Câmara de Representantes.
-5 de setembro: As acusações de que o regime sírio utilizou armas químicas em 21 de agosto são um "pretexto" para atacar a Síria, afirma o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. O presidente russo Putin põe a Síria na agenda do G20; ele quer pressionar Obama a desistir do ataque. O Reino Unido diz ter novas provas do uso de armas químicas no país. A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, diz que a Rússia mantém o Conselho de Segurança refém na crise síria. As divisões no G20 em relação ao ataque persistem, segundo o premiê italiano, Enrico Letta.
-6 de setembro: Obama afirma que a maioria dos países do G20 está de acordo em atribuir o ataque químico ao regime sírio. Uma coalizão de 11 países pediu uma "resposta internacional forte" à Síria, segundo a Casa Branca. Putin não muda de posição sobre o ataque. O líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, Eric Cantor, disse que espera que a resolução sobre Síria seja votada na casa "em duas semanas".
-7 de setembro: Obama pede ao Congresso que não fique "de olhos vendados" em relação ao uso de armas químicas na Síria. Os chanceleres da União Europeia pedem uma "resposta forte" ao ataque químico, mas sem aderir à proposta de ataque levada pelo secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
-8 de setembro: O Papa Francisco denuncia o que chamou de "guerras comerciais" com o objetivo de vender armas. Assad diz à TV americana CBS que não teve responsabilidade no ataque químico.
-9 de setembro: John Kerry diz que Assad pode evitar o ataque à Síria se entregar suas armas químicas, mas duvida que o ditador sírio vá fazer isso. A Síria recebe bem uma proposta russa de monitoramento do arsenal, mas os EUA reagem com ceticismo. Assad diz que os EUA devem estar "preparados para tudo" em caso de ataque à Síria. Obama afirma que "leva a sério" a proposta russa de monitorar o arsenal químico sírio, mas que quer ver ações práticas.
10 de setembro: O dia é marcado por embates diplomáticos relacionados ao plano russo para que a Síria entregue suas armas químicas. A Rússia afirma que já trabalha com a Síria para um "plano concreto". A França promete apresentar ao Conselho de Segurança da ONU umaresolução sobre as armas químicas sírias, prevendo consequências se o regime não cumprir sua parte. O Kremlin revela que Putin e Obama discutiram a proposta de monitoramento, na semana anterior, às margens da reunião do G20. A Síria aceita a proposta russa, segundo a agência Interfax. Obama afirma que, apesar dessa negociação, ainda defenderá a ação militar. O secretário de Estado Kerry diz que os EUA não vão esperar muito por um plano russo. EUA, Reino Unido e França dedidem discutir a proposta no âmbito da ONU. A Rússia convoca e depois cancela uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU para tratar do tema. Putin diz que sua proposta só funcionará se os EUA e os aliados desistirem de atacar a Síria. Obama pede mais tempo ao Congresso para discutir a proposta russa e, em discurso na TV, diz que vai analisar a proposta russa, mas com ceticismo.
11 de setembro: Um relatório da comissão de investigadores da ONU diz que a Síria cometeu"crimes contra a humanidade" e que a oposição ao governo de Bashar al-Assad cometeu "crimes de guerra". A Rússia entrega aos EUA o projeto sobre as armas químicas sírias, para análise. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU se reúnem para tratar do tema.
12 de setembro: O governo dos EUA começou a entregar armas aos rebeldes sírios, revela o "Washington Post". Em meio ás negociações em Genebra, os EUA pedem que o governo sírio revele o tamanho de seu arsenal. Assad nega que tenha concordado com o plano russo por conta das ameaças dos EUA e promete aderir à convenção antiarmas químicas se os americanos cessarem as ameaças. A ONU recebe os documentos da Síria para adesão à convenção. Os EUA afirmam que a opção militar continua sobre a mesa.
13 de setembro: O "Wall Street Journal", citando fontes americanas, afirma que o regime sírio está espalhando seu arsenal químico por dezenas de lugares, para dificultar sua localização. O secretário-geral da ONU afirma que o relatório da entidade deve confirmar o uso de armas químicas no ataque de 21 de agosto. Ban acusa o regime Assad de cometer "muitos crimes contra a humanidade". EUA, Rússia e ONU concordam em continuar buscando uma "solução política" para a crise síria.
14 de setembro: Estados Unidos e a Rússia chegaram a um acordo sobre a crise no país. A Síria terá uma semana para entregar um relatório sobre seu arsenal de armas químicas para evitar um ataque. Se a Síria não cumprir os procedimentos para eliminar suas armas químicas, a ameaça de uso de força será incluída em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.
16 de setembro: Relatório da ONU confirmou que armas químicas foram usadas na Síria. Segundo o secretário-geral Ban Ki-moon, "e o uso mais significativo confirmado de armas químicas contra civis desde que Saddam Hussein usou em Halabja, em 1988". De acordo com as investigações, 85% das amostras de sangue coletadas testaram positivo para sarin, enquanto quase todas as amostras biomédicas verificadas testaram positivo para exposição ao sarin.
17 de setembro: Potências do Conselho de Segurança negociam resolução sobre armas químicas sírias.
18 de setembro: A Rússia diz ter provas, fornecidas pelo regime sírio, de que os rebeldes foram responsáveis pelo ataque químico. Moscou afirma que o relatório foi parcial. A ONUdefende a objetividade do texto. Em entrevista à Fox News, Assad volta a se comprometer com a destruição do arsenal químico.
19 de setembro: O secretário Kerry reafirma a convicção de que o regime sírio tem responsabilidade no ataque. Ele pede que o Conselho de Segurança da ONU atue em relação à crise.
20 de setembro - A Organização para a Proibição de Armas Químicas disse ter recebido uma primeira relação das armas químicas sírias.
Arte Síria 17/09 (Foto: Arte/G1)
Disponível em: <http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2013/08/entenda-guerra-civil-da-siria.html>. Noticiado em: 21/08/2013 18h55 - Atualizado em 08/09/2013 12h13

A partir dos seus conhecimentos e interpretação, responda os seguintes:

  1. Qual é a relevância desta notícia para o estudo da geografia? 
  1. Quais são os resultados até agora desta guerra civil?
  1. Qual é o nome do atual presidente da Síria
  1. Em qual cidade iniciou a rebelião?
  1. Quais são as acusações contra o atual presidente? 
  1. Segundo a notícia, como a Al-Quaeda esta inserida nesta guerra? 
  1. Como os EUA têm contribuído para este conflito?
  1. Qual seria o interesse da Rússia na situação abordada? 
  1. Segundo a notícia, como o governo foi acusado pelo uso de armas químicas? 
  1. Qual é o papel da ONU nesta contenda?

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