terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sudão diz à ONU que suas dívidas devem ser canceladas


O Sudão disse à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, neste sábado, que suas dívidas devem ser canceladas e que sua economia deve ser apoiada, em um momento no qual o país luta para se recuperar da perda de cerca de 75% de sua importante receita com petróleo após a separação do Sudão do Sul, há pouco mais de um ano.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) instou o Sudão, nesta semana, a encontrar-se com doadores para discutir um alívio na dívida, e alguns membros da direção da instituição pediram por "esforços excepcionais" do FMI e da comunidade global para ajudar o país a reduzir sua dívida de cerca de US$ 40 bilhões.
"O Sudão precisa de assistência para superar este sensível estágio em direção a melhores horizontes. Para isso, acreditamos que as dívidas devem ser canceladas e sua economia, apoiada", disse o ministro das Relações Exteriores sudanês, Ali Ahmed Karti.
O Sudão do Sul separou-se em julho de 2011. Líderes de ambos os Estados finalmente chegaram a um acordo de segurança de fronteira na quarta-feira a fim de recomeçar as necessárias exportações de petróleo, mas fracassaram em resolver outros importantes conflitos deixados após a separação.
Os lados não conseguiram chegar a um acordo sobre o destino de pelo menos cinco concorridas regiões produtoras de petróleo junto à fronteira.
O governo norte-americano ainda mantém seu embargo de 1997 sobre o Sudão, pelo papel do país no fornecimento de abrigo a militantes islâmicos. As sanções restringem o comércio com os EUA e o investimento no Sudão, e bloqueiam ativos do governo sudanês.
Além disso, os Estados Unidos e outras potências criticam o Sudão por grandes violações de direitos humanos e dura repressão sobre forças rebeldes locais.

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