O
Sudão disse à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, neste sábado,
que suas dívidas devem ser canceladas e que sua economia deve ser apoiada, em
um momento no qual o país luta para se recuperar da perda de cerca de 75% de
sua importante receita com petróleo após a separação do Sudão do Sul, há pouco
mais de um ano.
O
Fundo Monetário Internacional (FMI) instou o Sudão, nesta semana, a
encontrar-se com doadores para discutir um alívio
na dívida, e alguns membros da direção da instituição pediram por
"esforços excepcionais" do FMI e da comunidade global para ajudar o
país a reduzir sua dívida de cerca de US$ 40 bilhões.
"O
Sudão precisa de assistência para superar este sensível estágio em direção a
melhores horizontes. Para isso, acreditamos que as dívidas devem ser canceladas
e sua economia, apoiada", disse o ministro das Relações Exteriores
sudanês, Ali Ahmed Karti.
O
Sudão do Sul separou-se em julho de 2011. Líderes de ambos os Estados
finalmente chegaram a um acordo de segurança de fronteira na quarta-feira a fim
de recomeçar as necessárias exportações de petróleo, mas fracassaram em
resolver outros importantes conflitos deixados após a separação.
Os
lados não conseguiram chegar a um acordo sobre o destino de pelo menos cinco
concorridas regiões produtoras de petróleo junto à fronteira.
O
governo norte-americano ainda mantém seu embargo de 1997 sobre o Sudão, pelo
papel do país no fornecimento de abrigo a militantes islâmicos. As sanções
restringem o comércio com os EUA e o investimento no Sudão, e bloqueiam ativos
do governo sudanês.
Além
disso, os Estados Unidos e outras potências criticam o Sudão por grandes
violações de direitos humanos e dura repressão sobre forças rebeldes locais.
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